segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dueto



Tudo é tão calmo as vezes. Parece que minha cabeça pensa o que eu não quero escrever. e eu escrevo, quase pensando demais.

Sempre imagino aquele olhar fixo, com alta luminosidade fosca. Sem direção certa, oco mas com tamanha profundidade. Profundidade tal que, desconcerta o frame da câmera. Segurada por mim, sem muito apoio, trêmula de tanta vida ou pouca. ou quase. o quase é pouco assim? ou o quase é tanto como um dueto de piano? o quase está na ponta dos dedos. na ponta da língua. no nó da garganta.

Eu insisto que a música pare agora!

Depois recomeçar lentamente apressada, gerando a imagem das folhas secas misturadas com teu vestido branco. você olhando pro alto mais..o alto mais perto das árvores.

Antes de cair.

domingo, 14 de novembro de 2010

vou ali revirar meu baú.

Depois de um certo tempo, depois de tanto viver eu sinto que sou escravo do tempo e de teus valores.
Eu mudei.
Meus amigos mudaram.
Alguns ficaram mais cegos, outros menos cegos.
Afinal, pra quê tanto ver se é você quem faz,
tudo.
E eu vou continuar atrás de algo que não faça o menor sentido
mas que tire essa minha angústia.