domingo, 6 de março de 2011


..é como se seu coração estivesse prestes a sair pela boca, contagiando todo o corpo como uma explosão contínua e devastadora.

Desisti de tentar não pensar em você. Eu perdi. perdi feio. perdi minha voz. estou rouca pelos meus sentimentos. muda.

O grito por você ficou engasgado, e a música continua. os violões são afinados como a tua voz ao me ver. e os meus olhos brilham, perdidamente vazio.

Covardia é meu sinônimo de paixão. o baixo da minha música tenta achar a melodia, em desespero, atira no escuro de cabeça baixa,

quarta-feira, 2 de março de 2011

- Ok, away we go

Minhas reações não são lúcidas, são quase.
pura. sucinta. como um golpe de faca arrancando meu coração. dilacerado.
preenchendo o oco com um pouco de ti.
um pouco
ou quase nada.
quase nada
quase muito
almost.

interruption

Meu círculo foi deformado por um pincel.
o balde de água fria, continua cheio
cheio de amor
cheio de mim e de eu mesma.
tudo existiu e não foi um sonho.
é como "tapar o sol com a peneira".

escrevo tudo isso pra me retificar depois
depois que o sono vier.
amanhã
eu morro um pouco mais,

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

( desfoque da luz do isqueiro, acendendo e apagando, repetidas vezes. incessantemente. lúdico. )

- I'll tell you.
My problems.
My fucking problems.
It's like to write a letter to somebody,
but I don't know who this somebody is.
I can be a person with some disturbs as you are.
Like someone stranger.

( Luz estourada por 5 segundos )

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Afago.

O amor nada mais é que, uma invenção prolongada de "felicidade". não durável, claro. mas Ele se perde na eternidade, a fio. a flor da pele. como condicionamento do tempo. inerte. e, sem relógio.
Amar é fácil demais, difícil é viver. viver o quase.

Felicidade... há quem diga que exista. em seu auto ego de insanidade.
a felicidade não existe. o que existe é, no máximo, uma alegria. alegria de amar, alegria de ter uma família, alegria de contar uma história, alegria de ler, e etc.
O que é FELICIDADE pra você? de esperar a morte a qualquer momento? eu choro quando penso que posso morrer agora. já. amanhã. é uma agonia sem fim. com fim.

Saiba que eu, nunca mais, ousarei, insano, a pedir o seu amor ou compaixão.
Meu último pedido fica como uma abordagem oca e morta. Pedirei que, nem que seja uma única vez,
feixe os olhos e respire da forma mais errada que achar. respire "um ar" que jamais achar ter respirado antes. respire o mais profundo vazio que existe dentro. lá dentro.

o meu oco, abrirá seus olhos no fim de uma noite



qualquer.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dueto



Tudo é tão calmo as vezes. Parece que minha cabeça pensa o que eu não quero escrever. e eu escrevo, quase pensando demais.

Sempre imagino aquele olhar fixo, com alta luminosidade fosca. Sem direção certa, oco mas com tamanha profundidade. Profundidade tal que, desconcerta o frame da câmera. Segurada por mim, sem muito apoio, trêmula de tanta vida ou pouca. ou quase. o quase é pouco assim? ou o quase é tanto como um dueto de piano? o quase está na ponta dos dedos. na ponta da língua. no nó da garganta.

Eu insisto que a música pare agora!

Depois recomeçar lentamente apressada, gerando a imagem das folhas secas misturadas com teu vestido branco. você olhando pro alto mais..o alto mais perto das árvores.

Antes de cair.

domingo, 14 de novembro de 2010

vou ali revirar meu baú.

Depois de um certo tempo, depois de tanto viver eu sinto que sou escravo do tempo e de teus valores.
Eu mudei.
Meus amigos mudaram.
Alguns ficaram mais cegos, outros menos cegos.
Afinal, pra quê tanto ver se é você quem faz,
tudo.
E eu vou continuar atrás de algo que não faça o menor sentido
mas que tire essa minha angústia.


quinta-feira, 29 de julho de 2010

"you are not to blame for"

é como se tudo se voltasse para aquilo que certamente não deixou de existir. fechar os olhos e escutar músicas preferidas, abrir os olhos e ler contos preferidos, uma garrafa de vinho meio seco, cigarrillos e amigos. almas irmãs. energias fortalecidas. "a handshake of carbon monoxide". você não deve se culpar por não ter deixado alguém entrar em tudo isso. você não deve se culpar por não ter conseguido deixar alguém entrar quase... quase é muito. quase é o máximo de abertura. estar bêbado talvez seria melhor forma de dizer que, o verdadeiro amor não se atinge assim tão fácil.
fingir. sempre se fingi muito bem.
conseguir
não.