Deixei a porta entre aberta, você entrou de uma vez com os dois pés. Tinha cheiro de uma manhã cinza e quente, mas nem me importei com as cores muito menos com os pássaros cantando lá fora. Era você, quase em mim.
Estava em sentidos opostos a dois passos de você. Os sentidos se desconcertaram com o amargo da minha boca a procura da tua antes de dormir, sentindo o gosto da tua respiração, sufocando-se em partes. Era você, quase em mim.
Desisto do meu, do teu, do nosso, do próprio amor ao invés de renunciar o único desejo de te ter aqui.
A porta continua entre aberta entre eu e você, por um instante.
Era você, só você.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
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